
O programa, criado pelo consagrado produtor Stephen J. Cannell, estreou através do episódio piloto, de mesmo nome, de duas partes, cada uma com duração de uma hora, que foi apresentado como um filme no dia 18 de março de 1981, pela rede ABC, nos Estados Unidos.
O Super-Herói Americano é uma sátira aos heróis em quadrinhos, em especial o Super-Homem, a série estreou com muito sucesso, com altos índices de audiência já no episódio piloto, mas encontrou problemas com a editora DC Comics, que entrou com uma ação judicial na tentativa de impedir o piloto de ser levado ao ar, alegando que a série infringia os direitos autorais do Homem de Aço. Um juiz foi favorável ao Super Herói Americano e o piloto foi veiculado. Mesmo durante a 2ª temporada da série, a DC ainda tentava encerrar o seriado.
A música tema “Believe It Or Not”, composta por Mike Post e Stephen Geyer na voz de Joey Scarbury, ficou em primeiro lugar nas paradas americanas.
Na série, o professor Ralph Hinkley (William Katt), na companhia do agente Bill Maxwell (Robert Culp), são abordados no deserto por uma nave espacial. Um dos seres entrega ao professor uma roupa com super-poderes para combater o crime. A roupa vem acompanhada de um manual de instruções, mas no caminho para casa, Ralph perde o manual e é obrigado a se virar sozinho para entender como tudo ela funciona.
Ao descobrir os poderes da roupa, Maxwell convence Ralph a utilizá-la em segredo, ajudando-o em suas investigações. A única pessoa, além de Maxwell, que conhece o segredo de Ralph é sua noiva, a advogada Pamela Davidson (Connie Selleca) com quem Ralph se casa ao longo da série.
Durante o seriado, Ralph tenta equilibrar seus deveres como professor de um grupo de jovens delinqüentes, e o combate ao crime em uma parceria não-oficial com Maxwell.
Os vilões da série variavam desde assaltantes de banco, terroristas e espiões. Nada de Supervilões, como era de se esperar. Mas a graça da série era uma pessoa normal, num mundo real, tentando conviver com poderes absurdos. Vivendo situações comuns, às vezes muito mais complicadas do que os “perigos” que os heróis das HQs. Não que os roteiros fossem geniais, longe disso, eram até simplórios.
Toda vez em que nosso atrapalhado protagonista tinha que trocar de roupa, passava por todo tipo de martírio, sempre prendia a calça nas botas, enroscava a capa no cinto e etc. Sem falar que penava para não perder suas roupas normais. Isso quando não era pego em flagrante (no banheiro, beco ou mesmo atrás de uma moita) e tinha que dar uma de doente mental ou até artista de circo para se safar dos vexames!
Um dos poderes esdrúxulos da roupa alienígena era o de “sentir” as pessoas à distância. Para tanto, era necessário que o Professor tocasse em algum objeto pessoal desse alguém. Aí ele teria uma “visão” dela (eu hein). Outro poder interessante era o de piro cinese. O único problema é que ele só conseguia atear fogo em coisas que estivessem atrás dele. Curiosidade: em alguns episódios, o sobrenome do professor é alterado de Hinkley para Hanley porque na vida real, um homem de nome Hinkley tentou assassinar o Presidente Ronald Reagan.
O programa foi cancelado na metade de sua terceira temporada. O problema, em grande parte, estava relacionado com os roteiros cada vez mais infantis e também à mudança do dia de exibição: de quarta-feira para a concorrida noite de sexta. Após seu cancelamento, a série começou a ser reprisada em canais regionais dos Estados Unidos, conquistando uma boa audiência.
Seu inesperado sucesso nas reprises inspirou os produtores a criarem em 1986 um piloto para uma nova série, e como o ator William Katt se negou em voltar a interpretar Ralph, a série mostra Hinkley passando a roupa especial para uma mulher, Holey Hathaway (Mary Ellen Stuart). Assim nasceu “The Greates American Heroine”, um episódio piloto que não resultou numa nova série e que nunca chegou a ser transmitido pela rede NBC. No Brasil, foi exibida em meados dos anos 80 pelo SBT
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